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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Orkut não é só diversão

Orkut não é só diversão!
Embora muitas empresas proibam o uso do Orkut e de sistemas similares nos ambientes de trabalho, há muitas aplicações profissionais e acadêmicas a serem exploradas


“Alguém sabe como implementar objetos VRML utilizando o padrão SCORM?”, este é só um exemplo de questão
séria e profissional, abordada em uma das diversas comunidades do Orkut. Pois é, o portal de relacionamentos que virou febre entre os brasileiros também tem um lado profissional e acadêmico ainda pouco explorado.

Muitas empresas têm bloqueado ou proibido o acesso ao Orkut nos computadores de seus funcionários. Mas a questão é: não seria melhor usar esta poderosa ferramenta e tentar tirar algum proveito? O fato é que a maioria ainda nem pensou nisso. Porém, alguns profissionais já deram início às atividades neste novo e inexplorado território da internet, que já totaliza mais de 7,5 milhões de cadastros.

Atualmente, o Brasil é responsável por quase 74% dos usuários do Orkut. Isso, sem contar pessoas que residem em nosso território, mas preferem escolher outra nação para figurar em suas fichas. O motivo deste sucesso no País foi um ligeiro atraso na divulgação e utilização de portais de relacionamento. Nos Estados Unidos, por exemplo, a febre por conhecer e reencontrar pessoas pela internet já baixou. Isso porque vários sites com essa finalidade – e recursos similares aos do Orkut – já eram conhecidos por lá.

De acordo com Luiz Ojima Sakuda, professor do MBA da FGV Management, sistemas semelhantes já estavam disponíveis nos Estados Unidos há muito mais tempo. E este foi um dos fatores que fez o Orkut não ter como predomínio o público americano. No Brasil, atualmente, outros sistemas parecidos já são bastante conhecidos, como Yahoo Groups, Friendster, LinkedIn, Multiply, Grupos.com.br, Gazzag, Link etc.

Porém, uma questão importante, também apontada por Sakuda, é que o Orkut facilitou o acesso de usuários iniciantes ao seu sistema, pois adotou uma interface simples e amigável. “O grande desafio de um portal deste tipo é conquistar massa crítica. E foi o que ocorreu com o Orkut no Brasil, por conta, inclusive, de recursos lúdicos”, analisa. “Sistemas de Fórum, Listas, Grupos e Comunidades são bastante antigos no universo virtual. Mas, de fato, o Orkut conquistou até quem desconhecia tudo isso”, completa.

Sakuda mantém um grupo com cerca de mil participantes no Yahoo Groups. Com experiência em se comunicar e capitalizar negócios pela internet, ele criou duas comunidades de negócios no Orkut: Sakuda - São Paulo BizNet e Sakuda - BR BizNet, nas quais reúne cerca de 110 participantes. Em sua opinião, o principal ponto profissional a ser explorado neste portal é a possibilidade de reencontrar velhos amigos e colegas que, por afinidade e confiança, acabam gerando algum negócio ou ampliando os contatos de cada participante.

E-learning em diversas comunidades
São muitas as comunidades que relacionam educação e internet. O grupo Educação a Distância, por exemplo, conta com quase 1900 participantes, contra os mais 1400 membro da comunidade Educação x Internet. Também com cerca de 1400 inscritos, a comunidade Educação Corporativa trata de assuntos diversos relacionados ao universo profissional. Não poderia faltar a comunidade e-Learning Brasil, com quase mil cadastrados. E, embora pequena, com menos de 20 associados, há até uma comunidade iraniana sobre educação a distância: Iran e-learning. E estes são apenas alguns exemplos e basta usar o sistema de busca para encontrar diversos grupos interessados no assunto.

Pois foi em uma das diversas comunidades que “encontramos” Carmem Barreira, graduada em Educação Física, com especialização em Educação Continuada a Distância e, também, em Docência Universitária, pela UnB. Rapidamente, a educadora nos respondeu ao e-mail enviado pelo próprio Orkut, concordando em nos dar sua opinião. “Assim como na vida, o Orkut é apenas mais um “local” onde encontramos um lado positivo e outro negativo. Como vamos usar? Isso só depende de nós”, garante.

Entre outras atividades profissionais, Carmem atua na área da educação não-formal (ONGs e associações), dirigida à formação de escoteiros. No momento, ela participa de um projeto de capacitação de adultos que vão atuar na formação de novos escoteiros. “Temos planos e propostas de cursos a distância nessa área. Mesmo porque nossos grupos estão muito espalhados geograficamente”, conta. Porém, segundo a educadora, ainda há fatores que se tornam barreiras para escoteiros, pois os valores humanos, a fraternidade e os princípios destes cidadãos ainda requerem uma certa proximidade física. “Estamos trabalhando para mostrar que o computador não é uma barreira, mas, sim, um recurso que pode nos aproximar ainda mais”, completa.

Carmem vê o Orkut como uma excelente ferramenta. “Quem participa de comunidades obtém uma ótima contribuição. Além de discutir assuntos gerais, podemos lançar novos temas, conseguir dicas e fazer pesquisas com uma interação bastante agradável e produtiva.”

Papo sério? E por que não?
Não há como negar que há comunidades inúteis, fúteis e até pornográficas. Mas, segundo levantamento do próprio Orkut, com base nas informações de seus usuários, aproximadamente, 32% dos cadastrados têm interesse em contatos de negócios. Infelizmente, pela ficha de cadastro dos internautas, não há como quantificar os interesses educacionais. Mas, nem por isso, o tema educação deixa algo a desejar em quantidade de grupos e seriedade de participantes.

Ao pesquisar a palavra “educação”, o internauta encontrará nada menos que mil comunidades. Outro exemplo é a palavra “Senac”, que resultará em mais de 600 grupos sobre diversos temas ligados à instituição. Pesquisando o termo “e-learning”, obtemos 17 comunidades, além de quatro resultados na busca por “educação a distância”.

E por que não podemos usar este divertido meio de comunicação em favor do trabalho? A jornalista Renata Mesquita é outro bom exemplo de quem sabe tirar um bom proveito do Orkut para trabalhar. “Há comunidades sobre tudo. Por isso, quando preciso de entrevistados para comentar assuntos que não fazem parte de meus temas habituais, pesquiso nas comunidades do Orkut”, conta. “É super viável que os usuários busquem o lado positivo da exposição pessoal para aplicar em resultados profissionais”, finaliza.

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