domingo, 27 de setembro de 2009
Como desenvolver a consciência da importância da sustentabilidade para preservação da vida humana
Ações do documento Empresas privadas inovam para garantir recursos naturais
Responsabilidade ambiental integra mecanismos de gestão das grandes corporações
Amortizar os malefícios causados pelo homem contra a natureza é uma intensa tarefa que precisa ser vista com mais seriedade. Hoje, com a ameaça de escassez dos recursos naturais, algumas corporações despertam e desenvolvem ações para remediar o problema.
“Incorporar os conceitos da sustentabilidade e da responsabilidade corporativa às práticas do dia-a-dia e aos mecanismos de gestão, é um dos grandes desafios das empresas comprometidas com o alinhamento entre as metas empresariais”, acredita o núcleo da Diretoria de Sustentabilidade, criada em 2003 pela Natura, fabricante de cosméticos.
Usando este conceito, grandes produtores ingressaram no ranking das companhias responsáveis pelo desenvolvimento sustentável, por participarem das práticas inovadoras em prol da preservação ambiental. Entre eles estão a Natura Cosméticos, Tetra Pa k, Alcoa, Fundação O Boticário, Banco Real, Metal Leve, Gessy Lever e a Suzano Celulose.
As medidas variam entre o incentivo a eucaliptocultura, o uso de refil e até a compra de material reciclado por meio de cooperativas de catadores de lixo, que além da diminuição do impacto da degradação ambiental contribuem com a economia do País.
Somente em São Paulo, o Programa de Fomento Florestal da Suzano Celulose abrange uma área de 25,6 mil hectares em que os proprietários recebem assistência técnica e mudas de eucaliptos gerando, no interior paulista, cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos em 32 municípios.
Atualmente, a madeira fornecida pelo Programa atende cerca de 18% da demanda das fábricas de Suzano e Rio Verde (SP) e 20% em Mucuri (BA). A meta é que, com a expansão da unidade no Sul da Bahia em 2007, a produção atenda 25% da demanda de cada unidade industrial.
Por causa do Projeto, a Suzano Celulose foi condecorada com o selo da FSC – Forest Stewardship Council. “Ter nosso Manejo Florestal certificado dentro dos princípios e critérios do FSC, conjuntamente com todas as outras certificações, significa a busca pela excelência da em todas as práticas feitas nas atividades produtivas industriais e de suas florestas”, afirma Luiz Cornacchioni, gerente da Unidade de Negócio Florestal.
Cornacchioni acredita que este resultado “é sinal de que as atividades estão inseridas no conceito da sustentabilidade, ou seja, são economicamente viáveis, ambientalmente corretas e socialmente benéficas”.
Já a Natura foi a precursora na implantação do refil, que possibilita ao usuário utilizar a mesma embalagem na compra de um novo produto. “Isso ajuda tanto o meio ambiente e torna o produto bem mais barato. Com o refil pago quase a metade do preço”, declara a artesã e consumidora de cosméticos Rosemeire Patrício.
Dentre os projetos da Natura, está a parceria com a comunidade extrativista de São Francisco do Rio Iratapuru, no Amapá, um trabalho pioneiro para a exploração de forma sustentável do Breu Branco (resina extraída de uma árvore da floresta amazônica) presente como matéria-prima em alguns produtos da linha Ekos.
As alternativas adotadas pelas empresas, de acordo com especialistas, ainda não são suficientes para reverter o caos vivido pela humanidade, como o aquecimento global, as secas, o excesso de chuvas e as enchentes.
Mas é imprescindível ressaltar que, paulatinamente, avançamos no processo de evolução ambiental, que visa o uso da biodiversidade e, conseqüentemente, o crescimento econômico, sem deixar de lado as questões socioambientais.
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