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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dislexia e Disgrafia

aprendizagem mais comuns que se possa pensar, e que felizmente professores e pais cada vez mais estão sensibilizados para a sua existência.

Três palavrões que assustam, e pior, que podem limitar em muito o desenvolvimento escolar e cognitivo da criança, se não reconhecidos a tempo.

Para tais palavrões o técnico (neste caso o Psicólogo) tem que desmistificar, dando o máximo de informação e orientação a todos os intervenientes com o problema. Não esquecendo que a criança na maioria das vezes sofre um processo de ridicularização, pois estas crianças facilmente são rotuladas como (preguiçosas, memória curta, burros, etc.), e isto vindo tanto dos seus pares, família e escola, levando na maioria das vezes a uma perca de auto-estima, depressões e a comportamentos defensivos difíceis de posterior correcção.

Perante a delicadeza exigida na abordagem de tais dificuldades de aprendizagem é fundamental que o diagnóstico seja o mais fiável e discriminatório possível acompanhado pelas imprescindíveis estratégias de acção.

Reinhld Berlin em 1884, foi o primeiro a introduzir o conceito de Dislexia, cuja sua definição era “condição que ocorria quando uma pessoa de inteligência normal tinha dificuldades em ler”.

A definição que reúne maior consenso hoje em dia é a de Critchley (1970) “trata-se de uma perturbação que se manifesta na dificuldade em aprender a ler, apesar de o ensino ser convencional, a inteligência adequada, e as oportunidades socioculturais suficientes. Deve-se a uma incapacidade cognitiva fundamental, frequentemente de origem constitucional”.

Existem 3 tipos de Dislexia
A auditiva, visual e a combinação das duas, o erro mais comum é perante tal informação se julgar que a criança apresenta dificuldades tanto visuais como auditivas mas não, o problema está no processamento cerebral tanto da informação proveniente da visão como da audição.

Alguns sinais gerais que podem levantar suspeita de uma Dislexia (mas atenção só por si não querem dizer grande coisa terá sempre procurar ajuda presencial de um Médico ou Psicólogo).

Problemas no reconhecimento ou na ortografia das palavras
Problemas de ortografia
Inversão de letras
Fraca memória a curto prazo
Fraca qualidade na letra
Problemas de discriminação visual
Problemas de percepção espacial
Dificuldades em rever textos e em identificar erros
Atraso na estruturação e no conhecimento do esquema corporal
Vocabulário pobre
Características do subtipo de dislexia auditiva:

Atraso da linguagem
Anomia ou dificuldades de denominação
Deficiências na fala
Erros na leitura por problemas nas correspondências grafema-fonema
Erros na escrita por problemas nas correspondências fonema-grafema
QI verbal mais baixo que o de realização
Características do subtipo de dislexia Visual:

Problemas de orientação direita esquerda
Disgrafia ou fraca qualidade da letra
Erros de leitura que implicam aspectos visuais (inversão de letras, p/q)
Erros ortográficos
QI de realização inferior ao verbal
Disortografia

Podemos definir Disortografia como “o conjunto de erros da escrita que afectam a palavra mas não o seu traçado ou grafia” (Garcia 1989)

Na Disortografia vamos encontrar erros apenas na escrita, sem que se repitam na leitura.

Disgrafia

Se de origem neurológicas, “agrafias, que constituem uma manifestação das afasias e implicam anomalias do grafismo, as quais representam, de certo modo, equivalentes articulatórios da linguagem”

Numa abordagem funcional, “trata-se de perturbações da escrita que surgem em crianças, e que não correspondem a lesões cerebrais ou problemas sensoriais, mas a perturbações funcionais”.

O sujeito não chega a fixar a relação entre os sons escutados e a representação gráfica dos mesmos.

Na Disgrafia motora, existe compreensão da relação entre os sons escutados e sua representação gráfica, mas verifica-se dificuldades na escrita em consequência de uma motricidade deficiente.

A intervenção e reeducação na Dislexia, Disortografia e Disgrafia deverá ser sempre que possível feita por equipas pluri e multidisciplinares.

Com este texto pretende-se que o leitor possa se elucidar um pouco mais sobre o tema, e se for o caso possa explorá-lo com uma outra atitude. Para tal livros como:

Dislexia, Disortografia e Disgrafia da (Mc Graw Hill)

Como apoiar um filho disléxico da (editora Estampa)

São uma razoável ajuda, para um trabalho de Reeducação Pedagógica, os livros de exercícios (Dislexia Vol 1 e 2, da Porto Editora), também são uma boa opção.

A Dislexia pode-te provocar limitações, cabe a ti procurares ajuda e trabalhando os teus pontos fortes arranjares estratégias para minorares e ultrapassares algumas dessas limitações.

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